segunda-feira, 30 de julho de 2007

O Exterminador Sexagenário

Conan, O Bárbaro (1982)
O Exterminador do Futuro (1984)
O Predador (1987)
O Vingador do Futuro (1989)
O Exterminador do Futuro 2 (1991)
True Lies (1994)

Arnold Alois Schwarzenegger, protagonista destes autênticos cavalos de batalha do gênero ação do cinema faz 60 anos.

domingo, 29 de julho de 2007

Bourne vem aí de novo


Está muito próximo de estrear nos EUA o último capítulo da trilogia do espião sisudo Jason Bourne. O Ultimato Bourne promete. Até agora as críticas são de uma unanimidade positiva sem precedentes este ano. Há quem não goste muito do tom da saga, com edição frenética e câmera tremida principalmente nas cenas de ação, e pelo que tudo indica vamos ter boa dose do mesmo já que Paul Greengrass é vezeiro em usar esses recursos. Mas verdade seja dita, o tom sério, realista e documental da trilogia funcionaram tão bem que conseguiu mudar os parâmetros do sub-gênero espionagem, a ponto de obrigar a referência máxima do estilo do cinema, a série 007 a mudar de tom de forma dramática (Cassino Royale esta aí de prova). Aguardemos.

sábado, 21 de julho de 2007

UFC - Campeão e Desafiantes pegos...



E queimou o filme geral do evento americano... o campeão Sean Sherk e o desafiante brasileiro Hermes Franca que disputaram o cinturão dos leves no último evento do UFC (com vitória por pontos do americano) foram pegos nos exames anti-doping da comissão atlética do estado da Califórnia por uso de substâncias proibidas. É de conhecimento dos mais entendidos do mundo do vale-tudo que o uso dessas substâncias é bem mais difundida e tolerada do que nos outros esportes, é só lembrar que no antigo Pride a coisa rolava solta e sem controle.

O grande tropeço disso tudo é que vem justamente no momento que a direção do UFC tenta com todas as forças vender o seu evento e consequentemente o MMA como esporte "de massa" nos EUA, ou seja com tudo certinho e de acordo com os protocolos dos outros esportes mais populares por lá. Pois é... só esqueceram de avisar isso para os atletas, e o pior que pegou justamente em um combate de cinturão dando maior visibilidade e prato cheio para os detratores de plantão. Resta saber o que vai ficar de consequencia disso tudo, um endurecimento na fiscalização do uso dessas substancias ou um reconhecimento de que o esporte ainda precisa se regular aos poucos e afrouxar o controle dos exames. O título agora deve ficar vago já que ambos pegaram suspensão por um ano.

domingo, 15 de julho de 2007

Duro de Matar 4 / Transformers - rapidinhas

Uma das muitas cenas delírio de Duro de Matar 4

Normalmente não escrevo aqui sobre filmes recém saídos mas vou abrir uma consideração a esses que são os blockbusters de ação norte-americanos mais vistos do momento por lá.

Primeiro, Duro de Matar 4 segue religiosamente a cartilha que a série tomou a partir da segunda parte: ritmo intenso escondendo furos no roteiro, capacidade sobre-humana de Maclaine, um parceiro do protagonista com quem o espectador se identifica e destruição completa do patrimônio público e privado em volta dos acontecimentos. Bruce Willis ainda exibe grande vitalidade e carisma , e chega a ser cômico o que as grandiosas e inverossímeis cenas de ação aprontam com ele (a da carreta contra um caça militar é hilária). De qualquer forma o filme se sustenta e já é um alívio que não seja ruim, bem ao estilo relaxe e divirta-se mas infelizmente a ultra-violência e o andamento mais cadenciado e trabalhado que a primeira parte teve ficaram lá mesmo nos anos 80.

Segundo, Transformers é um filme típico de Michael Bay, e senhores, para mim isso é muito ruim. Esqueci a sensação positiva nostálgica daquele longa animado dos briquedinhos exibido na tv tempos atrás que me fez ficar emocionado. Ilusão de que a produção de Spilberg poderia trazer um pouco de diversão genuina e descompromissada, pois os cacoetes do diretor são marcantes demais, no mal sentido. Fetiche militarista, fotografia videoclipesca, melodrama exagerado e fora de hora e trama longa e arrastada. A movimentação espetacular dos robôs que os efeitos especiais proporcionaram são tão incríveis que realmente poderão fazer muitas pessoas se empolgarem e assumirem que este é o blockbuster do ano, mas a mim infelizmente não conveceram, não dou mais um ponto e crédito a este diretor já chega.

domingo, 8 de julho de 2007

UFC 73: Resuminho

Anderson Silva vibra após nocautear o americano Nate Marquardt

Por muito muito pouco não acontece outra super-mega-zebra no mundo do vale-tudo este ano. Minotauro foi com toda a certeza "salvo pelo gongo" na sua luta contra o americano Heat Herring. O brasileiro não lutou bem e se não tivesse a sua decomunal resistência a golpes teria perdido a luta no primeiro assalto, mas graças ao fator freguesia e a sua perícia no chão (a melhor do mma) o americano foi dominado nos rounds subsequentes o que garantiu a vitória para Nogueira, uma estréia de dar medo (no mau sentido) no UFC que sirva de lição para que melhore a sua guarda em pé no difícil caminho que pretende trilhar ao título.

Não deu para Hermes, o brasileiro conseguiu em certo momento encaixar uma bela joelhada no detentor do cinturão dos leves e parecia que a luta seria do brasileiro, mas verdade seja dita, apesar dos pesos serem equiparados a superioridade física de Sherk estava gritante não cansou durante os longos cinco rounds e remexia o brasileiro de um lado para outro como se fosse pena, título justamente permanence com o americano que vai provando que é top realmente. Parabéns ao Hermes pela resistência diante do adversário.

Anderson Silva foi quem realmente lavou a alma dos brasileiros, bom chão, excelente defesa de quedas, versatilidade, mão pesada e uma frieza absoluta durante o combate, lutou como campeão e apagou a sua duvidosa exibição anterior dando segurança desta vez de que vai ser dureza algúem tirar esta cinta dele. Nominalmente para os brasileiros foi o card mais interessante que o UFC montou, vamos torcer para que os próximos eventos sigam a trilha.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Momento de Truculência....

O astro faixa-preta de Aikido é canastrão demais, mas esta cena é casca como poucas na história dos filmes de ação, atentem para os diálogos.



Out for Justice (1991), a cena do bar.

domingo, 1 de julho de 2007

Filmes - Conquista Sangrenta

CONQUISTA SANGRENTA (FLESH & BLOOD) - Inglaterra 1985; Dirigido por Paul Verhoeven; com Rutger Hauer, Jennifer Jason Leigh, Tom Burlinson, Jack Thompson, F. Hilbec e Ronald Lacey.

Paul verhoenven, seja qual for o gênero cinematográfico por qual tenha passado, sempre fez questão de deixar sua marca: violência e sexo, sexo e violência, não importa a ordem. Ainda passeando pelo cinema europeu por meados da década de oitenta, surgiu a oportunidade do diretor de realizar um filme histórico de capa e espada. Recebendo um roteiro de certa forma caótico, o holandes recutrou um ótimo elenco capitaneado por seu grande colaborador Hutger Hauer e realizou um filme repleto de exageros gráficos para uma produção mainstrean, como é de seu feitio. Conquista Sangrenta conta a história de uma trupe de renegados comandada pelo impulsivo Martin (Rutger Hauer) que após serem traídos por um senhor de terras, sequestram a bela e inocente Agnes (Jennifer Jason Leigh), noiva de seu filho Steven (Tom Burlinson); tal trupe é aparentemente guiada por uma estátua semi-destruída de um santo. É sabido que a idade média foi uma época de poucas sutilezas, e Vehoenven fez questão de jogar duro na cara do espectador essa característa; os personagens são sujos e de uma falta de higiene ímpar, o sangue e a abnegação rolam soltos. Uma sequência demonstra bem o espírito do filme: para utilizar como cenário o surgimento da paixão entre Agnes e Steven o diretor ao invés de usar um jardin, ou um quarto de castelo, faz a cena com todo o romantismo possível aos pés de uma árvore onde dois corpos putrefatos nus estão pendurados após morte na forca e mostrados com todos os detalhes possíveis. Mais a cena mais famosa do filme, que o fez ser banido de muitos lugares é a longa e quase explícita passagem na qual Agnes é estuprada por Martin e todo o seu bando, e a ousadia ou infâmia de Verhoeven ao sugerir que a moça acaba gostando do que estava sofrendo. Tal passagem reforça o clima casca-grossa que a produção vinha trazendo a ponto de deixar a impressão que estamos assistindo na verdade a um exemplar do cinema exploitation. O filme acaba aos poucos caindo aos pedaços e ficando cada vez mais negativo e perigoso, Agnes apesar de amar Steven, de inocente acaba virando quase uma rameira do bando, principalmente de Martin, demonstrando tanta volúpia, que o espectador fica na dúvida se é fingimento ou aproveitamento da moça; Steven de inocente e traído vai aos poucos ficando cruel e impiedoso nas tentativas de resgate de sua amada. Acertadamente o filme na sua primeira metade mantém um ótimo clima realista e aventureiro, com a ótima sequência de ação da tomada da cidade na abertura do filme. No entanto o escorrego da obra (na minha opinião) acaba chegando na sua parte final, quando a película acaba ficando com um clima bastante teatral, devido ao espurgo da peste negra que passa a atingir os personagens do filme, sem nenhuma sugestão de lapso de tempo. Nada ruim sobre este clima, mas acabou por contradizer e deslocar-se do ritmo que o resto do filme vinha fazendo, uma mudança de parâmetro da película que fica muito claro na percepção do espectador. Por toda a sua riqueza e coragem gráfica, Conquista Sangrenta é um filme que vale muito a pena ser visto, a exatidão do pano de fundo histórico está replelo de equívocos, mas o espírito da época foi poucas vezes tomado com tanto vigor como aqui. Apesar de execrado pelos puritanos de plantão a obra chamou a atenção de Holyood para o talento de Vehoeven para filmes de ação, coisa que o fez atravessar o atlântico para as terras americanas e começar a realização de filmes memoráveis do gênero por lá. Felizmente.