sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O bode expiatório do UFC


A maior polêmica tem acontecido em torno da luta entre o brasileiro Renato Sobral e o norte-americano Heath no último UFC. Primeiramente creio que o evento americano tem contradições sérias. Impede certos golpes como joelhadas em quatro apoios, chutes na cabeça no chão e ao mesmo passo permite cotoveladas, que são golpes muito ofensivos, que abre cortes na cabeça com muita facilidade, e foi o que aconteceu com o americano nessa luta. Por sinal gostaria de saber por que raios a mesma não foi interrompida. Gostaria de saber que sádico estava gostando de ver a luta daquela forma, com aquela perda de sangue toda por parte do norte-americano. E para piorar tudo a finalização de Sobral (anaconda) foi muito criticada demorando o brasileiro de soltar o golpe mesmo apos a luta ter se encerrado.

Como resultado de tanta incompetência da organização naquela luta que claramente devia ter sido interrompida antes, o presidente do evento resolve fazer exemplo e anuncia que o brasileiro está expulso da organização em uma tentativa desesperada de o episódio não ficar feio. O fato é que Sobral tem mesmo sangue quente e errou ao agir daquela forma no encerramento da luta, e agiu com pouca inteligência ao declarar que fez aquilo de propósito, dessa forma ficou difícil segurar o problema, e ele acabou pagando caro. A luta se transformou em um prato cheio para os críticos do esporte, e se converteu nisso vejam bem não apenas por causa do lutador brasileiro, mas também por causa da letargia da organização.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Filmes - A Cruz de Ferro

A CRUZ DE FERRO (CROSS OF IRON) - Inglaterra/Alemanha; 1977. Dirigido por Sam Peckinpah; com James Coburn, Maximilian Schell, James Mason, David Warner, Klaus Löwitsch, Vadim Glowna e Roger Fritz.

É realmente um grande prazer assitir um filme com uma boa expectativa e ao termina-lo ter a certeza de que tudo aquilo que você esperava foi superado. É claro que é um filme do mestre Peckinpah, mas não sabia que A Cruz de Ferro era uma obra tão visceral, tão bem dirigida e conduzida e tão emocionante. Tudo funciona perfeitamente. O impacto das cenas é forte, o uso do som é eletrizante, a edição é elegante, a fotografia enevoada é climática. O tradiconal uso da câmera lenta é usado sobermamente nas cenas de ação, e que cenas! O ataque dos temíves tanques soviéticos T-34 ao pelotão do sargento Steiner na segunda metade é de deixar o John Woo de hoje em dia corado de vergonha. Mas vamos a história: em meados de 1943 a Alemanha começa a sua decorrada diante do exército vermelho da União Soviética. Batendo constantemente em retirada pelo imenso terrítório russo, os alemães não tem descanso diante dos ataques; é neste cenário que somos apresentados ao pelotão germânico comandado pelo sargento Steiner (James Corbun perfeito) que por sua vez passa a receber ordens do capitão Stransky (Maximilian Schell) um oficial sem escrúpulos nem compaixão pelos seus soldados que almeja conseguir a qualquer custo a condecoração cruz de ferro, a maior honra dada a um militar em combate na época da Alemanha nazista. Com cuidado, o diretor vai construindo com maestria o perfil dos personagens, presos a um ambiente de constante neurose mostrados em vários diálogos bem construídos e situações deprimentes. Sem aliviar em nada, o filme se mostra depressivo e ultra-violento em meio a hipocrisia e cinismo dos oficiais superiores nazistas (ótima a passagem da enfermaria). A segunda metade, quando o pelotão de Steiner vaga pelo terreno soviético sem comando e sem esperança é recheada de passagens espetaculares como quando os alemães batem de frete com um grupo de mullheres-soldados russas. Um exemplar perfeito e unsual do cinema de guerra, afinal é mostrado o embate mais violento e gigante que houve no segundo conflito mundial, que foi entre a Alemanha Nazista e a União Soviética; coisa que o cinema de holyood sempre fez questão de ignorar ao máximo por influência ideológica. Por fim como não falar da excelente passagem dos créditos iniciais com música infantil alemã, e o encerramento do filme, irônico e grotesco, de aplaudir de pé. Obra-prima.

"Não se alegrem com a derrota deles homens, mesmo que o mundo tenha se erguido para combater o bastardo, a cadela que o pariu está no cio novamente"

Berltold Brech

domingo, 26 de agosto de 2007

UFC 74 - Comentários

Deu tudo errado para Gabriel Gonzaga. Em um misto de falta de sorte (nariz quebrado em um golpe involuntário) e uma grande apresentação de seu adversário detentor do título, o brasileiro perdeu por nocaute técnico no terceiro round. Randy Couture de fato é um lutador espetacular, vitalidade impressionante para sua idade (44 anos) e uma movimentação muito boa, mostrando mais leveza que Gabriel. Na minha opinião de nada vale colocar a culpa da derrota exclusivamente no nariz quebrado; o fato é que simplesmente o brasileiro não mostrou aquele detalhe a mais dos lutadores campeões: a superação em situação adversa e meio que se entregou a derrota pelo caminho mais fácil. Gonzaga não deixa de ser um ótimo lutador com esse resultado, afinal o seu adversário já é uma lenda do vale-tudo, mas demonstrou que ainda não é destinado a comandar a categoria mundialmente.

Nas outras lutas preliminares Marcos Aurélio segue o seu caminho ladeira abaixo e perde a terceira luta consecutiva desta vez para o afobado mas bom Caly Guida em decisão dividida. Thales Leite venceu bonito Ryan Jensen com um ambar, e Renato Sobral venceu de forma polêmica David Health com uma anaconda (o brasileiro demorou muito de afrouxar o golpe mesmo depois da desistência do adversário), e acabou saindo vaiado.

No geral foi um bom evento com boas finalizações, e a luta pricipal teve aquele cheiro da batalha dramática, com um mau final para o Brasil infelizmente. Uma pena que o UFC insiste em não transmitir de forma aberta todas as lutas, muitos bons combates simplesmente não são acompanhados pelo grande público que é obrigado a seguir apenas a transmissão dos cinco últimos combates, que não raro acabam sendo inferiores dos que não estão no chamado "card principal".

resultado completo do evento:

1 Clay Guida venceu Marcus Aurelio por decisão dividida
2 Thales Leites venceu Ryan Jensen por submissão (Armbar) 1 - 3:47
3 Frank Mir venceu Antoni Hardonk por submissão (Kimura) 1 - 1:17
4 Renato Sobral venceu David Heath por submissão (Anaconda choke) 3 - 3:30
5 Patrick Cote venceu Kendall Grove por TKO 1 - 4:45
6 Joe Stevenson venceu Kurt Pellegrino por decisão unânime 3 - 5:00
7 Roger Huerta venceu Alberto Crane por TKO 3 - 1:50
8 Georges St. Pierre venceu Josh Koscheck por decisão unânime 3 - 5:00
9 Randy Couture venceu Gabriel Gonzaga por TKO 3 - 1:37

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Filmes - O Barco

O BARCO (DAS BOOT) - Alemanha, 1981. Dirigido por Wolfgan Petersen; com Jürgen Prochnow, Herbert Grönemeyer, Klaus Wennemann, Hubertus Bengsch, Martin Semmelrogge, Bernd Tauber e Erwin Leder.

O gênero guerra no cinema, depois do segundo conflito mundial e advento da guerra fria, se multiplicou tanto que acabou se ramificando em outros subgêneros e um deles que ficou muito popular foi o "filme de submarino", logo realizadores e público perceberam os atrativos dos filmes que abordam o tema, como confinamento e claustrofobia que propiciavam muita angústia e emoção na tela. Desses filmes, O Barco, realizado pelo diretor alemão Wolfgan Von Petersen explorou com sistemática praticamente todos os bons elementos que esse tipo de produção tinha para oferecer.

Logo de cara por ser realizado na Alemanha, abordando a saga de um submarino alemão durante a segunda guerra mundial (portanto mostrando o lado vencido) a obra se revela mais interessante e mais rara. A produção exepcional do filme e o cuidado no andamento do ritmo, tudo feito sem pressa mas sempre em uma escala crescente fazem com que o filme possua momentos únicos de suspense e tensão absoluta. A insalubridade dentro do submarino é chocante, a movimentação em steadicam é perfeita. Felizmente ainda as cenas realizadas fora do submarino são muito bem feitas, como a festa de despedida na abertura do filme, mostrando os homens comentendo excessos típicos de quem sabe que pode estar se divertindo pela última vez. Petersen acertadamente faz as vezes de diretor general, transformando o seu filme não apenas em uma aventura de ação, mas em um verdadeiro épico, exaltando a coragem dos homens que se submetiam àquelas condições terríveis.

O elenco funciona perfeitamente, com destaque para Jürgen Prochnow como o almirnate chefe, uma representação tão segura e perfeita que temos a impressão que ali não esta o ator interpretando mas o verdadeiro personagem, essa para mim é a essência da boa atuação. O uso do som no filme é outro aspecto digno de nota, com utilização buscando a perfeição, temos os barulhos enervantes típicos deste tipo de embarcação como sonares, explosões de minas e torpedos abafadas etc. O filme ainda consegue dignamente fugir de muitos cliches, principalmente em sua conclusão.

O Barco sem dúvida é uma realização cinematográfica de entretenimento de bom gosto como poucas, difícil não ficar impressionado no vitorioso esforço dos realizadores. Altamente recomendado.

Obs: existem três versões do filme uma editada de 143 minutos (a que passou nos EUA) uma de 209 minutos (a melhor) e uma integral de 293 minutos, usando todo material filmado que inclusive acabou virando série de tv.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

K1 GP Las Vegas 2007 - Comentários

Já falei como eu gosto do K1? Essa modalidade de combate me atrai muito pela demonstração de técnica dos lutadores, pela nobreza e elegância demonstrada nos movimentos e nos golpes, sem dúvida nesse sentido o K1 está deixando o boxe muito para trás na minha opinião, afinal este último tem estado muito apático, principalmente na categoria dos pesados e sua absoluta falta de nocautes e grandes ídolos.

Pois bem, aconteceu no último fim de semana no Cassino Bellagio em Las Vegas a última etapa do K1 GP antes do Final Elimination na Coréia. O evento foi morno, transcorreu sem as confusões do GP de Hong Kong mas teve algumas surpresas.

O Neozelandês Doug Viney, que entrou no torneio disputando luta reserva, ocupou a vaga do americano Rick Cheek (desistiu por causa de supercílio aberto), roubou a cena e ganhou o GP; oriundo do time de Ray Sefo o relativamente desconhecido lutador demonstrou muita segurança e paciência ao vencer as suas lutas, contra adversários favoritos como o russo Pitchkunov nas semifinais, e principalmente na final quando encarou o bom bielorusso Zabit Samedov com seu estilo afobado, provocador e agressivo. O neozeladês soube segurar o impulso inicial e acabou conduzindo a luta final a seu modo e venceu nos pontos. Samedov aliás ao meu ver venceu a sua semifinal para o também agressivo americano Patrick Barry injustamente, um grande equívoco dos juízes.

As superlutas também tiveram surpresas: Mighty Mo com a torcida toda a seu favor decepcionou e perdeu por pontos para estilo técnico do alemão Stefan Leko. Mighty Mo na minha opinião vem lutando demais ao longo desse ano e talvez a sua queda de produtividade nas últimas lutas seja por causa disso. E o experiente e superídolo Ray Sefo também vacilou, lutou sem combatividade, muito lento e perdeu por pontos em luta fraquíssima para o tecnicamente inferior suiço Bjorn Bregy. Já o combate entre Ariel Mastov e Peter Vondracek foi disparado o melhor da noite uma verdadeira batalha com ko's de ambos os lados terminado com o karateca Mastov vencendo no último round com um chute giratório no ventre de Vondacek.

Resultados:

Torneio:
- Doug Viney venceu Mahmoud Fawzy por KO no 1º round na luta reserva;
- Aleksandr Pichkunov venceu Tsuyishi Nakasako na decisão dos jurados;
- Rick Cheek venceu Imani Lee por TKO no 3º round;
- Patrick Barry venceu Rickard Nordstrand por KO no 2º round;
- Zabit Samedov venceu Esh´Chadar por TKO no 2º round;
- Semifinal: Doug Viney (entrou por desistência de Rick Cheek) venceu Aleksandr Pichkunov na decisão dos jurados;
- Semifinal: Zabit Samedov venceu Patrick Barry na decisão dos jurados;
- Final: Doug Viney venceu Zabit Samedov na decisão dos jurados;

Super lutas
- Ariel Mastov venceu Petr Vondracek por KO no 3º round;
- Stefan Leko venceu Mighty Mo na decisão dos jurados;
- Bjorn Bregy venceu Ray Sefo na decisão dos jurados;

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

K1 Gp Asia 2007 - Comentários

Foi realizado no último fim de semana o K1 GP Asia 2007 em Hong Kong (a data do cartaz está incorreta). O evento foi recheado de confusões, principalmente nas lutas do gp de oito lutadores. O lutador veterano japonês Musashi foi quem mais sofreu - nas quartas de final enfrentou o lutador sem-noção coreano de Tae-kwon-Do Yong soo Pak, que logo no primeiro round consegiu desferir três golpes baixos no japonês, sendo que o último foi fulminante obrigando a luta ser interrompida e recomeçando depois (inexplicavelmente Pak não foi desqualificado); no começo do segundo round após soar o gongo o coreano desleamente logo apos o cumprimento desferiu um chute baixo em Musashi, aí foi que o brios do japonês ficaram mexidos e partindo para cima desferiu um lindo nocaute no oponente com dois cruzados de direita e esquerda, a raiva de Musashi era tão grande que foi preciso ser segurado pelos corneres para não pisotear o ridículo lutador coreano já apagado no chão. Depois, de forma incrível Musashi acabou levando outro golpe baixo fortíssimo do bom lutador chinês Wang Kiang na sua luta seguinte, a semifinal, e não apresentou mais condições de luta; aí foi que veio a confusão: foi anunciado como vencedor o lutador chinês para em seguida o prsidente japonês do K1 revoltado chamar o juiz para conversar e em seguida ser anunciado Musashi como vencedor, deixando todo mundo confuso. Sem adiantar muito foi Kiang quem seguiu para a final pois Musashi em seu drama não tinha mais nenhuma condição de seguir no torneio.

Na segunda chave a confusão não foi menor, em duas lutas mornas (Senturyo é ridículo) os japoneses Taei Kin e Yousuki Fujimoto (como luta feio esse cara!) chegaram para se enfrentar nas semifinais. Em um Ko esquisito, com Fujimoto totalmente perdido dentro do ringue, Tae Kin se qualifica para enfrentar Wang Kiang na final, era para ser assim, mas Tae Kin também alega não tem mais mais condições de luta e deixa a vaga para o sortudo Fujimoto.

Na final Kiang, lutador da casa, claramente começa melhor, mas a tática feia de contragolpe de Fujimoto funciona e após uma série de golpes duros na cabeça e após resistir bravamente cambaleando o chinês cai para não levantar mais. O morno Fujimoto leva o GP Asia com uma boa dose de sorte ao seu lado e se qualifica para o Final Elimination do K1. Kiang fica visivelmente desolado, acho que não precisa nem dizer a sensação dele lutando em território Chinês e perdendo para um lutador japonês, sendo ambos países inimigos históricos ainda com forte tensão.

As superlutas também foram mornas com exceção do bom combate entre o três vezes campeão do torneio Peter Aerts e o dinamarquês Nicolas Pettas, depois de um primeiro round equilibrado o holandes "lumberjack" mostrou como se faz aplicando um lindo high kick na cabeça do pobre adversário que apagou imediatamente.

Resultados:

Super Lutas
- Peter Aerts venceu Nicholas Pettas por KO no 2º round;
- Badr Hari venceu Peter Graham na decisão dos jurados;
- Hong-Man Choi venceu Gary Goodridge por KO no 1º round;

Torneio
- Musashi venceu Yong Soo Park por KO no 2º round;
- Wang Qiang venceu Randy Kim por KO por KO no 2º round;
- Yusuke Fujimoto venceu Shi Hong Jian na decisão dos jurados;
- Taiei Kin venceu Sentoryu por KO no 1º round;
- Semifinal: Taiei Kin venceu Yusuke Fujimoto por KO no 2º round;
- Semifinal: Musashi venceu Wang Qiang por desistência
- Final: Yusuke Fujimoto venceu Wang Qiang por KO no 1º round;

Luta reserva
- Elhan Dennis venceu Kim Dong Wook por KO no 2º round.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Filmes - Comboio do Medo

COMBOIO DO MEDO (SORCERER) - EUA 1977; dirigido por Willian Friedkin com Roy Scheider, Bruno Cremer, Francisco Rabal, Amidou, Ramon Bieri e Peter Capell.

Com grande prestígio no cinema holyoodiano nos meados da década de setenta (graças as impressionates realizações anteriores Operação França e O Exorcista) Friedkin impôs aos estúdios Universal o financiamento da refilmagem do aclamado filme francês de 1955 Le Convoi de la peur (O Salário do Medo) de Henri-Georges Clouzot; e o resultado final do trabalho do diretor americano é no mínimo desconcertante. Um filme seco, pertubador, bruto e violento. Uma das mais dignas refilmagens de que se tem notícia. A estória narra um grupo de quatro criminosos das mais diferentes nacionalidades, fugitivos em seus países de origem, contratados por uma companhia petrolífera para uma missão mortal: carregar seis caixas de nitroglicerina altamente instável atraves de uma trilha terrível em uma selva tropical em dois caminhões para uma estação de extração de óleo sabotada. O filme é dividido em dois atos claros: a primeira metade se concentra na apresentação dos personagens e a segunda parte na empreitada suicida, é nessa segunda parte que o filme verdadeiramente brilha, com fortes momentos de suspense como a passagem dos caminhões em uma frágil ponte de cordas. A narrativa é ambientada em um páis fictício produtor de petróleo da américa latina; é nesse aspecto que Friedkin não faz conceções: o local é mostrado com á máxima dureza possível, corrupção, miséria, sujeira e morte fazem parte do ambiente daquele país e tornam o clima do filme muito pesado, muito denso; muito graças também a closes e tomadas fortes do diretor nos rostos castigados dos habitantes locais. Seguindo bem a tendência da década de setenta a obra termina com um final pessimista e inconclusivo (como o próprio Friedkin fez em Operação França). Infelizmente o filme foi um verdadeiro fracasso comercial nos EUA, angustiando o diretor pela dificuldade e dedicação que teve com as filmagens (ele dedica a obra a Clouzot). Por fim temos a trilha sonora eletrônica bizarra e onírica do grupo Tangerine Dream, carregando ainda mais a atmosfera da película. Filmaço.